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Alianza Latina se reúne com representantes da OPAS e do Ministério da Saúde do Brasil

A equipe da Alianza Latina se reuniu no mês de maio com Larissa Veríssimo, Consultora Nacional de Doenças Crônicas Não Transmissíveis na Organização Pan-Americana da Saúde- OPAS/OMS. Estiveram presentes a Dra. Catherine Moura – CEO da Abrale e membro do Comitê Diretivo da Rede,  Eduardo Fróes – Presidente da Associação Brasileira de Talassemia e Conselheiro Nacional de Saúde, além da nossa equipe de relações internacionais: Deise Hajpek, Gerente de Investimento Social e Projetos Especiais; Nyara Romeiro, Coordenadora de Relações Internacionais e Talita Garrido, Analista de Relações Internacionais e Advocacy. Participaram também Raisa Garcia e Élem Sampaio, representantes da Secretaria de Atenção Primária, do Ministério da Saúde do Brasil. 

O objetivo do encontro foi apresentar as iniciativas da rede e identificar sinergias para futuras parcerias estratégicas. A fim de suplementar nossas ações na América Latina acerca dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3.4 e 17. A primeira, tem como objetivo reduzir em um terço a taxa de mortalidade prematura causada pelas DCNTs até 2030. Já a segunda, versa sobre a importância das parcerias globais para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, incluindo a meta de combater as DCNTs. 

A reunião

A Alianza Latina, projeto liderado pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), desenvolve ações para fomentar as melhores práticas na gestão em saúde. Entre as iniciativas, a rede e seus membros formularam a “Declaração pela Saúde na América Latina”, que consolida e direciona ações em prol da cobertura universal da saúde, pois a considera um princípio fundamental que garante o bem-estar dos cidadãos da região. O Fórum anual da Rede também engloba a temática, envolvendo a participação de líderes em saúde para fortalecer o desenvolvimento de seus membros, e consequentemente proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes com DCNTs.

Durante o encontro, para além da apresentação institucional da Rede Alianza Latina, discutiu-se sobre a importância do controle social na reivindicação das melhorias na promoção e acesso à saúde. Larissa, representante da OPAS, enfatizou a prioridade e urgência em eliminar o cânceres do colo de útero, de mama e os pediátricos. Mencionou também a iniciativa global HEARTS, que busca se integrar de forma contínua e progressiva aos serviços de saúde já existentes para promover a adoção das melhores práticas globais na prevenção e controle de doenças cardiovasculares, além de melhorar o desempenho dos serviços por meio de um melhor controle da hipertensão e da promoção de prevenção secundária, com ênfase na atenção primária à saúde.

A Dra. Catherine ressaltou a importância da OPAS Brasil e os demais escritórios locais, acompanharem e integrarem as iniciativas da Rede Alianza Latina. Raisa e Élem, representantes da Secretaria de Atenção Primária, do Ministério da Saúde do Brasil, ressaltaram a importância da Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer, e demarcaram que os enfoques da área estão voltados à hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, tabagismo, doenças respiratórias, e câncer rastreáveis (útero e mama), e doença renal crônica.

O cenário das Doenças Crônicas não Transmissíveis 

As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs) representam um desafio significativo para a saúde global, conforme enfatizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Aliança de Doenças Crônicas não Transmissíveis (NCD Alliance). Essas doenças, como as cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas, são responsáveis por cerca de 71% de todas as mortes no mundo, sendo que a maioria ocorre em países de baixa e média renda. Ademais, a cada ano 41 milhões de pessoas morrem em decorrência deste grupo de patologias, sendo que 2 ⁄ 3 dos óbitos estão associadas ao tabagismo, consumo excessivo de álcool, dietas não saudáveis, inatividade física e contaminação ambiental. 

Segundo projeções da OMS, as DCNTs estão em um crescimento contínuo e preocupante. Estima-se que, até 2030, as mortes relacionadas a essas doenças aumentam em 17%, chegando a um total de 52 milhões de óbitos anuais. A NCD Alliance destaca que fatores de risco como tabagismo, alimentação não saudável, sedentarismo e consumo excessivo de álcool desempenham um papel significativo no aumento da incidência das DCNTs. Esses fatores podem ser prevenidos e controlados por meio de estratégias de saúde pública abrangentes e medidas políticas eficazes.

Vale ressaltar que a América Latina é uma região crítica no enfrentamento das DCNTs devido à alta prevalência dessas doenças, fatores de risco predominantes, desigualdades no acesso aos serviços de saúde e questões socioeconômicas desafiadoras. Desta forma, faz-se fundamental o fortalecimento das ações efetivas e colaborativas para prevenção, controle e tratamento, visando melhorar a saúde e o bem-estar da população latino-americana.

Conclusão 

A Alianza Latina busca parcerias estratégicas com órgãos multilaterais para fortalecer a implementação de estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs) na América Latina, uma região vulnerável socioeconomicamente. A colaboração entre governos, organizações internacionais e sociedade civil é fundamental para promover estilos de vida saudáveis e acesso equitativo aos serviços de saúde. Essas parcerias também buscam alinhar-se aos princípios de ESG (Governança ambiental, social e corporativa), proporcionando recursos e conhecimento especializado para abordar questões globais complexas em âmbito internacional, além de trabalhar com as diretrizes dos ODS.

Fonte: Equipe Alianza Latina  e dados da OMS e NCD Alliance 

 

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